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O Experimento de Stanford é considerado um dos mais cruéis da história.
Philip Zimbardo é o professor de psicologia da Universidade de Stanford (EUA) e em 1971 ele decidiu fazer um novo experimento. Ele queria ver “como indivíduos se adaptam a situações em que estão relativamente impotentes”. O professor fez um anúncio dizendo que procurava voluntários para participar de um experimento e eles seriam pagos com 15 dólares a diária. Era pra ser um estudo de 15 dias, mas durou 6.
De 70 estudantes que se inscreveram, Philip separou 11 para serem os guardas e 10 sendo os prisioneiros, randomicamente. O cenário foi uma simulação de prisão feita do subsolo da universidade. Como o estudo envolvia pessoas, ele precisava passar pela aprovação do RH da universidade.
Com a aprovação em mãos, no dia 17 de agosto de 1971 tudo começou. Os guardas foram divididos em 3 grupos e cada um trampava 8h por dia. Philip teve o papel de “supervisor”da prisão e dava comandos para os guardas. Sua equipe falava para eles serem cruéis com os prisioneiros, mas sem agressão física.
Ele também instruía os guardas a criarem um sentimento de frustração e medo nos alunos prisioneiros, assim conseguiria tirar a liberdade deles e criar uma sensação esmagadora de impotência. E sente só: pra deixar tudo mais autêntico, o professor pediu ajuda para Carlo Prescott.
Carlo é um ex-presidiário que passou 17 anos na cadeia! Ele deu algumas dicas para a galera, detalhes de práticas brutais e reais de uma prisão. Ao longo do experimento os alunos guardas foram reproduzindo tudo o que aprenderam.
No começo, os alunos prisioneiros só sabiam que seriam “presos”. Porém eles acabaram tendo uma experiência total diferente e completa. Todos foram detidos em suas próprias casas, carregados e alertados sobre os direitos legais. Os policiais realmente trataram eles como culpados. Em seguida, todos foram colocados em salas e ficaram de olhos vendados.
Depois de um tempo, eles foram transferidos para a prisão fake de Stanford. Tiraram suas roupas e os alunos presos tiveram que ficar um tempo pelados. Cada um recebeu um uniforme com um número de identificação, tiveram os tornozelos amarrados e os cabelos cobertos por uma meia de nylon (pra parecer que tinham raspado).
Primeiro dia
Philip achava que não ia acontecer nada. Os alunos ainda não tinham entrado no clima de prisão real e não se sentiam bem com o uniforme. Dave Eshelman, um dos alunos no papel de guarda, falou que a coisa tava muito chata e tomou uma decisão. Ele ia encarnar a figura do policial autoritário do jeito mais cruel que ele conseguisse.
Do Segundo ao Sexto dia
Era dessa atitude que o ambiente precisava ter pra começar a mudar. Dave ficava pilhando para os outros guardas ficarem bravos e cruéis também. Eles aceitaram o desafio e foi aí que o jogo começou de vez. Mesmo que as agressões foram proibidas, os guardas pulverizavam extintores de incêndio nas celas e pisava nas costas dos presos enquanto eles eram obrigados a fazer flexão.
A tortura começou a tomar conta de tudo. Eles privavam o sono dos presos, tinha confinamento solitário num armário de zelador e ficavam nus com sacos na cabeça. Um dos alunos guarda disse que também estava fazendo seu próprio experimento. Ele queria ver até que ponto poderia ser agressivo e abusar dos colegas. Nenhum dos outros guardas fizeram nada. O professor também não impediu porque tinha “incorporado seu papel de supervisor”.
Que fim deu?
Christina Maslach, ex-aluna, tinha recém-começado a namorar o professor Philip na época. Um dia ela resolveu passar na Prisão de Stanford pra ver o experimento e ficou chocada com o que viu. Segundo ela, ninguém estava vendo nada de errado que estava acontecendo ali. Todos estavam mergulhados no ambiente e nos personagens.
Se você quiser ver mais fotos: Experimento de Stanford
O Dia dos Namorados já passou, mas o amor pelos filmes de terror não!! Então se liga na lista TOP 5 filmes de terror e já separa o que vai ver.
Caso você curta, tem um filme de 2015 baseado nesse caso. Se liga no trailer:
Fontes: Gizmodo,