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Com um visual do caralho, uma mocinha em perigo e um herói muita treta cujo o grito tornou-se tão marcante quanto a história em si. A Lenda de Tarzan vale a pena por ser isso, uma lenda, daquelas que enchem os olhos por trazer reconhecimento.
O longa, inspirado no livro “Edgar Rice Burroughs“, veio com um tom de clássico, o que pode incomodar por não ter se adaptado à atualidade tratando de questões como feminismo, mantendo-se assim preso aos clichês.
Jane (Margot Robbie) é sempre a donzela em perigo. Apesar de não ter nada de dama, ela é corajosa e moderna para seu tempo, mas fica constantemente sendo atacada para servir de incentivo ao grande herói. Dr. Williams (Samuel L. Jackson) é o alívio cômico que parece estar sempre com uma bandeira dos Estados Unidos grudada na testa, interpretando o papel do clássico americano patriota. O vilão Rom (Christoph Waltz) é sedento por poder e esbanja uma falsa simpatia que chega a causar desconforto.
A surpresa fica por conta de Tarzan (Alexander Skarsgard), o herói selvagem que foi domesticado pela elite britânica. No entanto, a esperada transformação reversa quando ele sai da sociedade e vai para a selva não acontece. Assim, ele fica preso à aristocracia permanentemente, até mesmo quando está lutando com os gorilas que o criaram. Isso pode descreditar o personagem, que não te faz gostar desse novo estilo. Além disso, alterar personagens clássicos pode ser um problema.
O filme pode ser resumido em três sensações: diversão, empolgação e admiração. O “Tarzan selvagem” e a “Jane corajosa” estarão sempre naquele canto especial onde guardamos os personagens marcantes da nossa infância.
Fonte: (1).